segunda-feira, 4 de abril de 2016

Passagens ocultas para a Fairyland


       Fairyland é um dos muitos nomes que dão ao país das fadas. Até hoje, ninguém conseguiu provar com evidências sólidas ou físicas de que tal lugar de fato exista realmente ou onde se encontra, mas acredita-se que haja portais que dão acesso ao reino mágico das fadas, ocultos em nosso mundo. Um leitor me perguntou num comentário de um dos posts de A Dança Das Fadas como eram esses portais, e eu decidi fazer esse post para compartilhar a informação com todos vocês.
          Eu já tinha lido alguma coisa em um dos livros da Eddie, fiquei curiosa e pesquisei em alguns sites sobre qual seria a forma desses portais. Talvez, vocês já tenham lido algo a respeito também, então, tanto melhor, porque podemos trocar uma ideia depois.

            Esses portais podem assumir várias formas, dentre as mais comuns estão: Círculos de cogumelos (comuns em países como Irlanda e Inglaterra; mas há alguns no Brasil também, embora, não sejam tão comuns quanto em outros lugares), círculos no gramado (difícil de explicar, mas se parecem aqueles sinais supostamente deixados por aliens, ou seja lá como chamam os extraterrestres), árvores diferentes (sabe aquela árvore torta de nascença ou diferentona mesmo que dá vontade de cortar porque estraga seu adorável jardim? Pois é, ela bem pode ser um portal camuflado e cortá-la, vai fechá-lo) ou a árvore anciã (a árvore mais velha ou antiga), poços (tá, não vai sair querendo se jogar em qualquer poço, porque das duas, uma, ou você morre ou acaba dando de cara com a Samara) – não é qualquer poço, vou explicar mais adiante -, morros e colinas (como As Montanhas Da Superstição no Arizona); rios, lagos (Como Triângulo do Lago Michigan e o Triângulo de Bennington) e cachoeiras; cavernas, algumas estradas (como um caminho misterioso em uma floresta irlandesa, onde pessoas costumam desaparecer) e florestas como Ballyboley, em Larne, na Irlanda do Norte. Bonita, mas extremamente fria, sombria e bastante sinistra. De acordo com uma lenda celta, ela é uma “porta” para o outro mundo. Inclusive, algumas lendas contam que já foram vistas e ouvidas por lá pessoas vestidas de trapos marrons, além de árvores manchadas de sangue, colunas de fumaça negra, sussurros misteriosos e vozes gritando. Dizem ainda que entre os séculos 15 e 17 muitas pessoas desapareceram por lá e nunca mais voltaram.
        Outra floresta curiosa é a Hoia Baciu, na Romênia. Esta densa floresta é praticamente conhecida como o “triângulo das bermudas” da Romênia e traz relatos de visitantes que dizem ter presenciado sumiços e fenômenos inexplicáveis, sentindo náuseas e tonturas, e até queimaduras, além de terem ouvido vozes e passos, e também afirmam ter, de certa forma, viajado no tempo. Uma lenda local diz que um pastor entrou na floresta com duzentas ovelhas, mas que ele e os animais desapareceram sem deixar rastro.
         Outra história diz que uma mulher entrou na floresta e ressurgiu sem ter ideia de quanto tempo havia passado. Talvez a teoria mais fascinante em torno Hoia Baciu é que toda a área tem sido descrita como "uma porta de entrada para outra dimensão”, tornando-se objeto de especulação de estudiosos de paranormalidade e ufólogos.

Dispensa apresentações, né?

      
            Agora, voltando aos poços, há muitas lendas envolvendo poços, é só saber procurar. Já ouvi falar sobre A Virgem Do Poço, mas não sei se é mesmo uma lenda ou só um conto... Bem, eu nem sei se quero saber porque fantasmas não são muito a minha praia. O fato é que, lendas com poços não surgiram graças a filmes como Ringu (versão japonesa, original de O Chamado) ou o Chamado, mas sim, se popularizaram um pouco, graças a isso, e é quase impossível não associar um poço a bendita Samara do filme. Mas não vamos falar da Samara, vamos cavar mais fundo...
Mais fundo...
E mais fundo...
          Antigamente, mas MUITO antigamente mesmo (desculpe, eu não sei precisar uma época exata, mas acredito que tenha tido início na época dos celtas, no entanto, não tenho certeza, porque não encontrei nada em minhas pesquisas), as pessoas acreditavam que poços podiam ser usados como portais para o Outro Lado, provavelmente porque se pensava que os Elementais moravam embaixo da terra, e na cabeça deles, se você cavasse fundo o bastante... Entendeu, né? Aquela velha história de cavar um buraco para chegar do outro lado do mundo é VELHA de fato!
         Daí também veio o costume de jogar moedas no poço (e posteriormente em fontes) e fazer desejos. Os indícios mais antigos já encontrados dessa prática remontam ao período em que a Europa era dominada por diversas tribos nômades. Nessa época, muito anterior ao cristianismo, esses povos viviam vagando pelas extensões do continente e nem sempre encontrar água potável era algo fácil de fazer.


                
        
         Quando encontravam alguma, acreditavam que era um favor de seus deuses, e que precisavam retribuir de alguma forma. Eles então atiravam uma moeda como pagamento pela dádiva. Mesmo depois que esses nômades se estabeleceram em pequenos assentamentos, que logo virariam cidades, e criaram os primeiros poços e fontes, o costume permaneceu.
       No entanto, nem só de moedas viviam os deuses, por assim dizer. Ainda na Inglaterra, existe também o Poço de Pen Rhys, na região de Oxford. Em vez de dinheiro, o que as pessoas atiravam lá eram pedaços de roupas. Como as pessoas acreditavam que a água possuía efeitos curativos, costumavam atirar botões, fechos e fragmentos de tecidos tirados de pessoas doentes, esperando que o ato fizesse com que elas sarassem. A crença nos poderes curativos desse poço em particular continuou forte até o século XVIII.
           

Sacrifícios e assassinatos envolvendo poços

           

         Há algum tempo atrás, Arqueólogos descobriram um poço ritualístico de 1.200 anos, sob um antigo templo, onde jovens mulheres da cultura Lambayeque foram sacrificadas.
         A análise que os pesquisadores fizeram sobre os restos de seis mulheres, encontrados no interior do poço peruano, revelou que elas foram vítimas de um sacrifício ritualístico, em que sacerdotes pré-incas bebiam seu sangue e comiam parte do seu corpo.
        O poço foi achado sob um antigo templo de Huaca Santa Rosa, no distrito de Pucará, e os corpos das mulheres estavam dispostos de tal modo que suas cabeças apontavam em direção aos Andes.
        A cultura Lambayeque foi uma das primeiras a construir grandes templos na região do Peru. Hoje, ela é reconhecida por seus sanguinários rituais de sacrifício. Segundo o arqueólogo Edgar Bracamonte, da Universidade Nacional de Trujillo, o templo descoberto funcionava como um local secreto, utilizado pelos sacerdotes para sacrificar mulheres em cerimônias privadas.

            Já nos tempos atuais no Brasil, aconteceram crimes bárbaros, duas adolescentes foram estupradas por cinco homens. Uma delas conseguiu fugir, mas a outra, infelizmente, não teve sorte e foi violentada e espancada até a morte, e depois jogada num poço.
            Teve também uma menina de cinco anos que foi encontrada num poço pelo pai, e uma outra de doze anos que foi achado em outro poço por dois caseiros. Não vou entrar em detalhes sobre esses casos (quem quiser saber mais a respeito, pesquise no Google, usando palavras chaves como "garota" e "poço") porque é revoltante e eu sou uma pessoa bastante sensível. Ainda estou absorvendo essas informações assustadoras. Coitadas dessas garotas!


As fadas dos poços

                   
Cena do filme Dark Water


                 Segundo o folclore Português e Galês, lugares como ruínas, rios, lagos, colinas e poços são protegidos por um tipo de fada, as Mouras. Estas possuem longos cabelos dourados ou negros como a noite. Segundo a lenda, uma delas pode aparecer com uma bandeja de prata, cheia de figos e oferecer ao humano que tiver a “sorte” de encontrar com ela. Se a pessoa for idiota o suficiente para aceitar a fruta, troca de lugar com a fada, ou seja, toma seu “fado”, em outras palavras, torna-se “amaldiçoada”, e a única forma de se libertar é convencendo outro trouxa a comer o figo.

             Outras Mouras, ainda, podem atrair crianças e pessoas jovens e belas até seu poço (ou riacho, ou ruína, etc) e matar a pessoa para ficar com ela para sempre. Romântico, né? Só que não. Com certeza, é assustador demais. Morrer afogado não é nada sentimental. E, no caso de uma Moura menina (claro que existe, toupeira), ela pode desejar ter uma mamãe ou um papai... #Medo. Sério, dependendo da Moura, ela não se importa muito em se libertar, mas sim de acabar com sua solidão. Por isso, se mantenha longe de poços, amiguinho. ;)
            Difícil dizer como seria um poço habitado por fadas, mas certamente, há de ser um poço velho e antigo. Pode haver outros sinais, se for um bom observador, como pegadas de sangue nas paredes internas, fios de cabelos boiando nas águas e sons estranhos que veem do fundo da água. Se for um poço desativado, tá valendo do mesmo jeito porque fadas adoram lugares abandonados, daí, muitas vezes, podemos confundi-las com fantasmas, porque dificilmente imaginamos que fadas podem habitar lugares “sombrios”.
          Se você é corajoso o bastante, pode ir até um poço e deixar uma oferenda às fadas (uma flor, por exemplo, ou um doce na borda do poço), mas cuidado! Não chega muito perto, viu? Nunca se sabe quando se vai “escorregar” e cair...

          
       Aproveito para recomendar o filme Dark Water (ou sob o título Água Negra, aqui no Brasil). O filme conta a história de uma mulher que está brigando com seu ex marido pela guarda de sua filhinha. A coitada enfrenta maus bocados (mudando-se para um prédio assombrado, caindo aos pedaços e arranjando um emprego chato) só para não perder a guarda da menina. O apartamento acima do seu é assombrado pelo fantasma de uma garotinha que morreu afogada e deseja uma mãe. É um filme assustador, mas emocionante, que mostra como é forte o amor de uma mãe por seu filho (a). Eu chorei vendo! Super recomendo. Ah, tem a versão japonesa e a versão americana (acho que é americana), eu assisti só a americana e adorei! Se você já viu, não deixe de comentar o que achou. ©


Beijinhos de creme de leite.
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