quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Relato: Os djinns não perdoam e os servidores são um pé no saco

 

Noite passada eu estava dormindo na minha base porque eu simplesmente amo dormir, mesmo em viagem astral e senti quando uma mão acariciou meu ombro. Começou com um toque suave e foi se intensificando até parecer um arranhão. Ouvi um sussurro feminino e já sabendo que era a Bree (Dilek), eu levantei sobressaltada, ela se sentou na cama e ficou me encarando. Eu percebi que ela estava visível e muito bonita e me surpreendi com isso, dizendo: "Oh, dessa vez, você se arrumou", ela também pareceu surpresa e disse que sim. Eu saí da cama. Meus irmãos estavam dormindo em colchonetes no chão e ela passou rapidamente por um deles. Eu meio que fiquei fora de mim e o garoto se levantou, assustado.

Eu fui para a cozinha e ela me seguiu. Vi que a janela estava aberta e me aproximei dela, observando o quintal escuro. Ouvi um estalo e fiquei esperando para ver se algo ia saltar das sombras. Ela riu e disse que eu não precisava ter medo, que ela ia me proteger. Eu disse que ela não podia me proteger de um bandido e ainda mais se alguém tentasse me matar. Então falei que podia ser o Jinn. Ela me perguntou porque ele tinha de ficar de fora e eu disse que não gostava de homens. E perguntei por que eles não desistiam de mim, ela disse algo como "com djinn ninguém brinca, em um djinn ninguém pisa". Ela usou todo o seu poder de persuasão que até então eu não sabia que ela tinha para me seduzir e me convenceu a ir para o quarto com ela. Não havia porta nesse segundo quarto em que entrei, mas uma cortina dava alguma privacidade. Meu irmão se levantou com um violão na mão e como o servidor doido que é, se sentou na entrada, querendo tocar o objeto. Minha avó reclamou e eu tentei convencê-lo a ir dormir, mas ele não quis, dizendo que não ia incomodar, que só queria tocar para mim. Bree se aproximou dele e o tocou rapidamente. Ele entrou em um tipo de êxtase e pareceu encantado por ela, dizendo que o beijo dela deveria ser muito bom. Eu recuei e despertei nessa dimensão. Fechei os olhos e me concentrei e chamei pela Bree, pedindo para ela deixar meus servidores familiares em paz, que eu ia me encontrar com ela. Demorei a pegar no sono. Isso foi por volta das cinco. Quando finalmente dormi, sofri com a paralisia do sono e senti o Jinn subindo em cima de mim e me beijando. Eu disse que não sentia nada por ele. Ele me ignorou e continuou, eu fiquei com raiva e consegui me mover, então me levantei e fui para a sala.

Eu fiz a oração do arcanjo São Miguel de vinte e um dias e desde então, estou sendo atormentada pelos djinns e por alguns servidores que agem como incubos. Eu não sei se eles já estavam agindo antes e o Miguel só me mostrou ou se foi a oração que os deixou furiosos.

Essa manhã, eu encontrei com dois servidores incubos e consegui dominá-los, mas quando ia matá-los, eu fui puxada por alguém invisível que saiu voando comigo. Eu senti muito ódio e lutei para voltar onde estava. Consegui. Ouvi uma voz dizendo que eu era mesmo muito rancorosa. Tentei matar o servidor outra vez e fui puxada de novo por quem talvez fosse meu anjo da guarda, eu reconheci como ele, mas suspeitei que não fosse porque ele ficou me girando no ar, depois se sentou no chão, comigo no colo dele, me abraçando e eu não sei, achei ousado para um anjo. Também achei estranho ele ficar me balançando em círculos quando estava voando como se eu fosse uma criancinha e xinguei ele. Eu consegui me afastar dele e ouvi uma voz me chamando. Eu ia voltar para matar o servidor com minhas próprias mãos, mas vi outros dois servidores me olhando com o que parecia ser malícia e antes que a coisa pesasse para o meu lado eu decidi acordar, mas devia ter enfrentado eles também. A próxima vez que eu tiver chance, eu mato qualquer servidor que entrar no meu caminho porque eu não sou obrigada a gostar de ser abusada, e se os servidores sequer são entidades e não passam de uma parte de mim, não é assassinato porque de alguma forma, eles voltam para mim. Eu sei que cansei de apanhar quieta. Quando eram os elfos, eu lembro que matei vários deles, bati em vários e sempre dei trabalho. Um servidor é menos que um elemental, não vejo porque não posso acabar com a minha criação que se voltou contra mim. E quanto aos djinns, puta que pariu, eu estou quase indo na mesquita pedir ajuda a um sheik. Se alguém souber como matar ou enfraquecer um servidor, estou aceitando. Se não como afastar obsessores e incubos e sucubos. Eu não consigo nem me concentrar para escrever meus livros. 

1 comentários:

Anônimo disse...

Oi Dani. Espero que você resolva os seus problemas. E gostei da sua atitude para contra o seu abuso desses seres. Tem mais é que mostrar que quem manda é você e não eles. Beijos

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