As Fadas de Cottingley aparecem em uma série de cinco fotografias tiradas por Elsie Wright e Frances Griffiths, duas jovens primas que viviam em Cottingley, perto de Bradford, na Inglaterra, à época da Primeira Guerra Mundial.
Duas primas, Elsie Wright, de 16 anos e Frances Griffiths, de 10, que, em um domingo de 1917 se atrasaram para o chá das cinco. Para explicar o atraso, elas disseram que encontraram fadas. Logo elas produziram fotos para provar que haviam visto fadas no vale Cottingley (Yorkshire, Inglaterra), mas os pais compreensivelmente desconsideraram as fotos como besteira.
Contudo, três anos depois a senhora Wright, mãe de Elsie, estava envolvida na Sociedade Teosófica, que dava credibilidade a fotos de espíritos, entre outras coisas. Ao assistir uma palestra em que fadas foram discutidas, ela lembrou-se das fotos e as entregou ao palestrante que tratou de passá-las a Edward Gardner, que levou as fotos muito a sério. Ele pediu a ajuda de diversos especialistas, e entre eles estava ninguém menos que Sir Arthur Conan Doyle, criador do célebre detetive fictício Sherlock Holmes.
Doyle, diferente de seu famoso
personagem, se impressionou muito com as fotos e, mesmo
sem ser um perito fotográfico, declarou-as autênticas.
Muitos atribuem o grande sucesso das fotos à credibilidade
apaixonada que Doyle lhes emprestou, falando sobre como
elas provavam que existia um outro mundo espiritual.
Curiosamente o próprio
Gardner achou à primeira vista que as fotos fossem
falsas. Sua opinião começou a mudar depois
que notou que não havia sinais de dupla-exposição.
Ele acabou enviando-as à Kodak para análise,
e as conclusões do laboratório citadas por
Gardner não deixam de ser adoráveis:
1. Os negativos são
uma exposição única.
2. As placas [naquela época se usavam placas para os negativos, não filmes] não mostram sinais de falsificação, mas isso não pode ser tomado como evidência conclusiva de autenticidade.
3. A Kodak não estava disposta a emitir nenhum certificado a respeito delas porque a fotografia apresenta uma diversidade de processos e um operador perspicaz poderia tê-las feito artificialmente.
4. O chefe do estúdio disse ainda que achava que as fotografias devem ter sido feitas usando os aspectos do vale e a garota como pano de fundo; e então ampliando imagens dele e pintando as figuras; então tomando exposições de meia-placa e um-quarto de placa, com iluminação adequada. Tudo isso, ele concordou, seria um trabalho engenhoso e levaria tempo.
2. As placas [naquela época se usavam placas para os negativos, não filmes] não mostram sinais de falsificação, mas isso não pode ser tomado como evidência conclusiva de autenticidade.
3. A Kodak não estava disposta a emitir nenhum certificado a respeito delas porque a fotografia apresenta uma diversidade de processos e um operador perspicaz poderia tê-las feito artificialmente.
4. O chefe do estúdio disse ainda que achava que as fotografias devem ter sido feitas usando os aspectos do vale e a garota como pano de fundo; e então ampliando imagens dele e pintando as figuras; então tomando exposições de meia-placa e um-quarto de placa, com iluminação adequada. Tudo isso, ele concordou, seria um trabalho engenhoso e levaria tempo.
O fato dos negativos não
terem sido forjados parece ter sido crucial para que Gardner
e muitos outros acreditassem e atestassem que as fotos eram
genuínas. Elas poderiam ter sido forjadas, mas deveria
ter sido muito complicado e as garotas eram só...
crianças.
Gardner e todos defensores
da autenticidade das fotos frequentemente ignoravam
o fato de que Elsie tinha trabalhado em um estúdio
fotográfico durante a guerra. Ela tinha muitos dotes
artísticos, e usou diversas técnicas simples
para forjar suas fotos.
Na edição
de março de 1983 de Science, as duas primas "confessaram
que as fadas nas fotografias eram na verdade desenhos que
Elsie tinha feito, recortado e prendido com alfinetes".
Isto explica porque não havia dupla-exposição:
as fadas estavam lá, mas eram de papel. Outras técnicas
também teriam sido usadas, Elsie pode ter simplesmente
recortado desenhos de fadas de revista e há pelo
menos uma fotografia que evidencia uma clara dupla-exposição.
A confissão de 1983
não foi a primeira. Elsie e Frances, como em outros
casos de fraudes simples que se tornaram muito famosas,
sempre foram evasivas em relação ao tema.
Ambas ainda insistem que realmente viram fadas, que apenas
as fotos são forjadas. O fato é que elas conseguiram
manter o tema e a controvérsia viva por décadas
e enganaram todos que ousaram assumir que elas eram incapazes
de fraudar qualquer coisa. Afinal, eram só crianças.
A primeira vez que vi as foto na internet eu também suspeitei de que elas eram falsas porque tava na cara que as supostas fadas na verdade eram desenhos! Mas as pessoas de antigamente eram ingênuas e acreditavam muito mais em magia do que acreditamos hoje.
Fraudes existem, é verdade, mas isso não significa que fadas não existam, que são invenção. O que acontece é que o mundo está cheio de gente que quer se dar bem a qualquer custo e não se importa em brincar com quem realmente acredita em elementais. No caso das primas Elsie e Frances, não passou de uma travessura que sem querer tomou tamanha repercussão. É claro que elas ficaram com medo de desmentir tudo já que tanta gente acreditou. Acho que nem eu teria tido coragem de desmentir e encarar meus pais depois.
Embora As Fadas de Cottingley não seja um post inédito, eu senti que precisava postá-lo assim mesmo porque muito gente ainda acredita que Frances e Elsie realmente viram essas "fadas", mas tudo não passou de uma fraude.
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